Notícias

Apenas 46% das empresas contábeis anteciparam impactos da Reforma Tributária

Empresas já buscam estratégias para driblar as mudanças da Reforma Tributária; veja como o contador pode atuar.

Uma pesquisa conduzida pela Deloitte, focada no universo contábil, revela que menos da metade das empresas brasileiras (46%) dedicou tempo para avaliar os possíveis efeitos da reforma tributária em suas operações.

O estudo, intitulado "Tax do Amanhã", entrevistou 172 empresas de diversos setores e trouxe à tona um panorama da postura atual das empresas diante das mudanças tributárias em curso.

Entre aquelas que ainda não iniciaram qualquer análise sobre o assunto, 45% alegam que estão à espera da publicação das leis complementares que detalharão as novas regras dos impostos sobre o consumo.

Essas leis, que aguardam tramitação no Congresso Nacional, são vistas como uma peça-chave para o entendimento mais preciso dos impactos da reforma.

Dentre as empresas que realizaram projeções, destaca-se um grupo específico: aquelas que atualmente se beneficiam de algum tipo de incentivo fiscal. Nesse grupo, 61% estão considerando novas estratégias.

Entre as táticas que devem realizar estão a mudança de localização ou de fornecedores, visando manter a competitividade diante do temor de um eventual aumento na carga tributária, o que poderia impactar negativamente suas margens e, consequentemente, os preços praticados.

Por outro lado, a maioria das empresas (64%) planeja manter seu modelo de operação atual.

Os entrevistados demonstram confiança de que a reforma tributária trará benefícios, como simplificação dos impostos (78%), maior transparência sobre a carga tributária (59%) e redução das obrigações acessórias (53%).

Entretanto, há preocupações significativas em relação à fase de transição da reforma tributária. Dentre as principais estão o aumento de custos não previstos (41%), a insegurança jurídica (39%), a perda de incentivos (37%), a perda de créditos (30%) e a possibilidade de duplicação de impostos (29%).

Pontos de atenção da reforma tributária

Especialistas alertam que, apesar da espera pelas leis complementares, já é possível realizar projeções e planejamentos estratégicos. Um dos pontos de atenção é o prazo estipulado para o fim de muitos incentivos fiscais, em 2032, o que demanda preparação desde já.

Outro aspecto relevante é a Zona Franca de Manaus (ZFM), que voltou ao radar das empresas que conduziram estudos de impacto. A região, atualmente isenta de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), recebeu garantias de diferenciais tributários competitivos no texto aprovado pelos legisladores.

Apesar da postura mais passiva de algumas empresas, que aguardam a regulamentação, especialistas recomendam que os contadores estejam preparados para diferentes cenários. É essencial entender os limites das discussões e os possíveis impactos nos negócios de seus clientes.

Em um cenário futuro, o setor de serviços é apontado como um dos mais afetados pela reforma tributária, especialmente devido ao aumento previsto na alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) . Como lidar com essa questão ainda é uma incógnita para muitos profissionais da contabilidade.

A pesquisa também destaca a necessidade de profissionais qualificados no mercado contábil, especialmente aqueles que combinam conhecimento tributário com habilidades tecnológicas. O uso de tecnologias, como inteligência artificial, é apontado como uma prioridade de investimento para muitos contadores no futuro próximo.

CONBCON 2024

O Congresso Online Brasileiro de Contabilidade (CONBCON) abordará as mudanças da reforma tributária, como os profissionais contábeis podem gerar mais oportunidades de negócio, além de contar com conteúdos voltados à tecnologia.

O evento é online e gratuito. Para participar, basta clicar neste link.

voltar

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.8144 5.8154
Euro/Real Brasileiro 6.0827 6.0976
Atualizado em: 21/11/2024 23:06

Indicadores de inflação

08/2024 09/2024 10/2024
IGP-DI 0,12% 1,03% 1,54%
IGP-M 0,29% 0,62% 1,52%
INCC-DI 0,70% 0,58% 0,68%
INPC (IBGE) -0,14% 0,48% 0,61%
IPC (FIPE) 0,18% 0,18% 0,80%
IPC (FGV) -0,16% 0,63% 0,30%
IPCA (IBGE) -0,02% 0,44% 0,56%
IPCA-E (IBGE) 0,19% 0,13% 0,54%
IVAR (FGV) 1,93% 0,33% -0,89%